Da frigideira para o depósito
12.06.08, ansiaonews
Fritou? Não deite fora. O óleo dos fritos lá de casa pode ajudar a diminuir a dependência do petróleo. Há até quem experimente filtrá-lo e usar no automóvel a diesel. Paulo Gaspar, sócio-gerente da Bio Oeste, empresa de reciclagem de óleos alimentares usados que dentro de aproximadamente duas semanas entra em funcionamento na Guia, Pombal, admite que desde que não se use a 100 por cento, mas misturado com o gasóleo, o carro não se ressente no imediato. Mas para além de se estar a fugir aos impostos (há que pagar ISP - Imposto sobre Produtos Petrolíferos), terá de se ter cuidado, pois o motor pode deteriorar-se a prazo. Mas não deixa de ser verdade que o primeiro motor Diesel era alimentado a óleo de amendoim, recorda. A sua empresa aposta em separar do óleo alimentar os componentes que podem ser prejudiciais ao motor diesel, daí resultando o biodiesel. A estratégia passa por promover a recolha dos óleos usados em contexto doméstico, motivando as pessoas a depositá-los em recipientes criados para o efeito. O principal benefício resulta do impacto ambiental positivo da medida. Biodiesel para todos? A resposta é não. Este tipo de empresas apenas não pode vender este produto que substitui o diesel a pequenos promotores. “Se pudéssemos provavelmente não teríamos capacidade de resposta”, afirma Paulo Gaspar, sócio-gerente da Bio Oeste, que só no nosso distrito tem já acertada a recolha dos óleos inutilizados na Batalha, Pombal, Ansião e Figueiró dos Vinhos, admitindo avançar ainda em breve na Marinha Grande. |
in: Região de Leiria, 6Junho08 |