Os novos valores das rendas máximas admitidas no apoio ao arrendamento jovem, que nalguns casos sobem mais de 80 por cento, foram publicados sexta-feira em Diário da República, tendo sido igualmente alterado a taxa de esforço usada (o peso máximo que a renda pode ter no rendimento mensal), passando de 40 para 60 por cento.
As maiores alterações nos valores das rendas são no Grande Porto e na Grande Lisboa, sobretudo ao nível dos apartamentos T0 e T1.
No Grande Porto, por exemplo, o limite máximo para um T0 ou T1 estava fixado em 220 euros e passa agora a ser 400 euros, um aumento de 81 por cento, enquanto em Lisboa passa de 340 para 500 euros (mais 47 por cento).
O 'Porta 65 Jovem', que substituiu o anterior Incentivo ao Arrendamento Jovem (IAJ), foi alvo de críticas de toda a oposição e de várias associações e movimentos cívicos.
"A mudança para o sistema de concurso promovida pelo Porta 65 Jovem vai excluir a maioria dos jovens candidatos e abrir uma grave precedente que se pode estender a outras políticas sociais do Estado. Através da implementação do modelo de concurso, o apoio não é concedido a todos os jovens que dele necessitem, tal como acontecia com o IAJ, estando limitado a um orçamento fixo que este ano é de apenas 19 milhões de euros", lamenta o Movimento Porta 65 Fechada.
A primeira fase do 'Porta 65 Jovem' decorreu entre 03 de Dezembro de 2007 e 03 de Janeiro e recebeu 3.561 candidaturas. Destas apenas cerca de 1.500 foram efectivamente aprovadas.
As restantes foram rejeitadas por falta de comprovativos dos rendimentos auferidos e das rendas pagas e por apresentarem incongruências entre os valores inscritos nas fichas e os comprovativos entregues.
Para apoiar estas 1.500 candidaturas o Governo aplicou cerca de dois milhões de euros.
Para a próxima fase de candidaturas ao 'Porta 65 Jovem' o Governo vai disponibilizar 15 milhões de euros.
Vão ainda decorrer outras duas fases de candidatura este ano, em Setembro e Dezembro.
MLS/SO.
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