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Ansião News

As notícias e comentários sobre o concelho de Ansião

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Leonel Antunes, candidato a Provedor da SCM Ansião

01.12.07, ansiaonews

ENTREVISTA

in:Horizonte, 30 Nov07

“ Pretendo continuar a afirmar a Santa Casa como uma instituição dinâmica, forte e coesa ”

Depois de três anos como tesoureiro da Santa Casa da Misericórdia de Ansião, Leonel Antunes anunciou já a sua candidatura a Provedor e a apresentação de uma lista às eleições marcadas para 14 de Dezembro. Conversámos sobre as suas motivações, os projectos e, claro, sobre a lista que vai apresentar a sufrágio.

Horizonte | O que o motiva a avançar para Provedor da Santa Casa da Misericórdia? Quais os seus objectivos?
Leonel Antunes |
Olhe, avanço para Provedor porque entendo que, com a equipa de que me fiz rodear, podemos fazer um excelente trabalho em prol da Instituição. Cada elemento da lista que me acompanha está plenamente consciente da realidade da Instituição, das suas forças e das suas carências. Aliás, pretendemos actuar na continuidade do que tem vindo a ser feito e que é tendente à afirmação da Santa Casa da Misericórdia como uma instituição dinâmica, forte e coesa. Os objectivos gerais passam portanto por proporcionar um serviço cada vez melhor aos nossos utentes e à comunidade. Isso consegue-se oferecendo melhores condições de trabalho a funcionários, apoiando-os nas suas necessidades e ouvindo as suas sugestões, mas também proporcionando melhores condições de estadia aos nossos utentes, sem nunca perder de vista situações de carência social que infelizmente vão acontecendo no nosso concelho e às quais sempre acudiremos, dentro das nossas possibilidades.

 H | Nos últimos três anos foram feitos investimentos de monta. O que foi feito concretamente e porquê?
LA |
Antes de mais, e porque de facto foram investimentos importantes, permito-me recordar que as intervenções feitas, embora por iniciativa da actual Mesa Directiva, já estavam previstas antes de eu sequer entrar na Instituição. Embora num contexto diferente, a Mesa Directiva anterior, a que presidia o Prof. Fernando Freire, estava plenamente consciente de diversas carências no edifício do Lar e já havia iniciado um processo tendente à sua resolução. Esta Mesa Directiva deliberou portanto, e face aos problemas existentes, substituir integralmente a cobertura do Lar, substituir a canalização de água e renovar o sistema de aquecimento, substituir o mobiliário dos quartos dos nossos idosos e da sala de estar, bem como renovar todas as instalações sanitárias.

 H | Quais os custos dessas intervenções?
LA |
Estes assuntos geralmente são discutidos e apresentados em sede própria, mas posso-lhe dizer que nas intervenções mencionadas, e que estão neste momento concluídas, foram investidos cerca de 200.000 Euros, neste momento totalmente pagos e dos quais menos de 50% foram pagos recorrendo a reservas da Instituição. Foram pagamentos ponderados e nalguns casos faseados, mas feitos sobretudo com recurso às verbas de que a Instituição ia dispondo na sua gestão corrente.

 H | O novo Centro Infantil é um investimento responsabilidade da actual Mesa Directiva, que já assumiu publicamente pretender construir este novo equipamento. Porquê essa opção?
LA |
A Instituição tem dois edifícios onde desenvolve a sua actividade. O Lar, como já expliquei, tinha algumas carências mas pareceu-nos que eram possíveis de ultrapassar com as intervenções que entretanto fizemos. Já no caso do actual Centro Infantil, a situação era mais complicada e nem a própria estrutura do edifício permite, à luz da legislação em vigor, a sua utilização como Centro Infantil.
Trata-se do antigo hospital da Misericórdia que foi convertido em Centro Infantil em 1983 mas que, actualmente, não oferece condições de trabalho às nossas funcionárias nem as condições ideais de estadia às crianças que ali vão sendo educadas, todos os dias. A apresentação pelo Governo do programa PARES deu-nos a oportunidade de conseguir financiamento para um novo edifício. Apresentámos a candidatura e esta foi aprovada, contemplando 70% do financiamento. Conseguir um edifício novo e só tendo que pagar 30% dos seus custos, no contexto económico actual, é uma oportunidade que não se pode desperdiçar.

 H | Quais os encargos que a Instituição terá que assumir nesse projecto e como afectarão a estabilidade financeira da Instituição?
LA |
A comparticipação atribuída à Santa Casa, correspondente a 70% do total, é de 266.000 Euros. A Instituição terá que custear os restantes 30%, o que não coloca em causa de forma alguma, a estabilidade da Instituição nem o seu futuro. Pelo contrário, e prova disso é que o Orçamento e Plano de Actividades para 2008 foram aprovados sem votos contra.

 H | Têm reclamado a manutenção do ATL como uma vitória da actual Mesa Directiva. Que se passou afinal?
LA |
De forma muito resumida: a legislação que regula o funcionamento dos Centros de Actividades de Tempos Livres mudou no início deste Ano Lectivo, até pela introdução das Actividades de Enriquecimento Curricular nas Escolas do 1º Ciclo. Com essas mudanças, passou a ser incomportável, quer para os pais quer para a Santa Casa, financiar o ATL, sobretudo porque o almoço das crianças, tomado na Instituição, deixava de ser comparticipado. No final de Setembro alertámos os pais para essas dificuldades e para se prepararem para um eventual encerramento do ATL. Garantimos-lhes, no entanto, que tudo faríamos para salvar o ATL da Santa Casa. Reunimos com o Centro Regional de Segurança Social, reunimos com a Câmara Municipal de Ansião, foi consultado o Agrupamento de Escolas de Ansião e, com a concordância destes parceiros, elaborámos um plano de trabalho que implica que, a partir de Janeiro de 2008, seja a Santa Casa a fornecer todos os almoços às crianças da Escola EB1 de Ansião. Feitos alguns ajustes das mensalidades do ATL, em consonância com os pais, reunimos as condições para manter o ATL em funcionamento. Permita-me referir que encerram este ano, em Portugal, cerca de 1000 ATL, perdendo-se 12.000 postos de trabalho. Felizmente a Santa Casa não vai entrar nestas estatísticas.

 H | A lista que vai apresentar a sufrágio já está completa? Como aconteceu esse processo?
LA |
Antes de mais, deixe-me dizer-lhe que tenho um orgulho imenso nas pessoas que integram esta lista e nos apoios que reunimos. A decisão de avançar para um novo mandato resulta de um compromisso assumido já há algum tempo entre eu próprio, o Dr. Rui Godinho e a Eng.ª Sofia Gaspar.
Assumimos basicamente que, se um fosse, iriam todos. Entendemo-nos bem, já éramos amigos antes de entrar na Instituição e decidimos avançar juntos. Depois, na elaboração da lista, estabelecemos algumas regras para as pessoas a convidar: pessoas sem interesses económicos ou familiares na Instituição; pessoas idóneas, credíveis e de elevada estatura humana e moral; pessoas disponíveis e activas. No caso específico da Mesa Directiva, por ser um órgão cuja intervenção é necessária no dia a dia, exigimos ainda que, tecnicamente, estivessem em áreas profissionais relacionadas com as necessidades da Santa Casa e que fossem pessoas que trabalhassem em Ansião porque, pela experiência que temos e pelos nossos utentes serem de idades tão delicadas como a infância e a terceira idade, sabemos que a qualquer momento pode surgir uma situação em que seja necessária a presença desses elementos. Neste momento a lista está constituída, já reunimos e conversámos em duas ocasiões e, como referi, honra-me muito ter um grupo tão competente e coeso. Para além dos elementos da lista temos também o apoio de diversas personalidades ligadas a Ansião e à Santa Casa.
Tenho referido publicamente o apoio do Dr. Rui Oliveira, que considero uma honra e um privilégio e que, só por motivos relacionados com a sua saúde, não pode estar na nossa lista. Mas podia ainda indicar-lhe os nomes da generalidade dos elementos dos actuais órgãos sociais que, por motivos estatutários, não se podem recandidatar. Como costumo dizer, é uma lista de gente voluntária, mas não é uma lista de gente amadora. E reitero, orgulho-me muito disso.

LISTA DOS CANDIDATOS AOS ÓRGÃOS SOCIAIS DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ANSIÃO
* 2008 - 2010 *

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL: PRESIDENTE: Manuel Prates Miguel
1.º SECRETÁRIO: José Carlos Murtinho
2.º SECRETÁRIO: Antero Costa
 
MESA DIRECTIVA: PROVEDOR: Leonel Antunes
VICE-PROVEDOR: Rui Godinho
1.º SECRETÁRIO: Sofia Gaspar
2.º SECRETÁRIO: José Manuel Marques
TESOUREIRO: Helena Pratas
VOGAL: Abílio Coelho
VOGAL: Afonso Feio
SUPLENTE: Fernando Mendes
SUPLENTE: Luís Carlos Sousa
 
CONSELHO FISCAL:
 
PRESIDENTE: José Costa
SECRETÁRIO: Antero Morgado
RELATOR: Teresa Santos
SUPLENTE: Jorge Monteiro
SUPLENTE: Luís Terceiro