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Ansião News

As notícias e comentários sobre o concelho de Ansião

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As notícias e comentários sobre o concelho de Ansião

Aniversário da eleição como Maravilha de Portugal

13.07.08, ansiaonews

Luís de Matos No Mosteiro de Alcobaça:

Metamorfose de borboletas gera apupos

O espectáculo de Luís de Matos em Alcobaça, na noite de 6 de Julho, anunciado como “a maior metamorfose de  todos os tempos” gorou a expectativa dos milhares de pessoas que acorreram ao Rossio, esperando ver a imagem do Mosteiro de Santa Maria momentaneamente alterada. Em vez disso, o ilusionista trouxe um número já antigo, que consistia em libertar-se de uma camisa de forças, suspenso de cabeça para baixo, por uma corda a arder, no cimo de uma grua. A arriscada actuação do artista terminou com uma salva de palmas, mas os aplausos rapidamente se transformaram numa vaia monumental, quando o público percebeu que o espectáculo, que não durou mais de 20 minutos, tinha terminado.
 Luís de Matos começou a sua actuação fazendo um historial do número que iria apresentar nesta noite, precisamente na véspera do aniversário da eleição do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça como uma das 7 Maravilhas de Portugal. A ideia original foi desenvolvida pelo célebre mágico Houdini, em 1896, quando visitou um hospital psiquiátrico onde os doentes eram amarrados com camisas de forças. A ideia de usar o truque da libertação da camisa de forças trouxe-lhe fama nos seus números que levava de cidade em cidade.
O ilusionista em plena manobra
de libertação do colete de forças
Em 1993, Luís de Matos decidiu recuperar o número do lendário ilusionista norte-americano e fê-lo num estúdio de televisão, suspenso a alguns metros do palco por uma corda a arder. Em 1996, o ilusionista voltou a repetir o truque, desta vez no Jardim Zoológico, sob o olhar de 13 leões supostamente famintos. A última vez que o colete de forças de Luís de Matos foi usado foi no ano 2000, do alto de um helicóptero, tendo o adereço seguido depois para o Museu da Magia, em Las Vegas.
     O número correu como previsto, tendo Luís de Matos regressado ao chão sorridente, sem qualquer sinal de vertigem ou efeito secundário dos minutos suspenso de cabeça para baixo a 49 metros do solo. Por duas vezes, o artista desceu as escadas do Mosteiro para agradecer ao público, que correspondeu com aplausos durante alguns minutos. Pouco depois, a organização pediu aos convidados VIP – cerca de uma centena – para abrir as pequenas caixas distribuídas antes do início do espectáculo, de onde saíram borboletas em voo.
Final da manobra já sem o colete
A ideia, explicada pelo ilusionista, era que o efeito do bater de asas de uma borboleta se poderia fazer sentir do outro lado do mundo, mas o efeito fez-se sentir logo na Praça 25 de Abril, após alguns minutos de hesitação do público, que permaneceu no local à espera da continuação do espectáculo. Pouco agradado com o epílogo do truque, sem qualquer relação directa com o monumento, o público manifestou-se com uma vaia que se prolongou por vários minutos. Os custos, supostamente avultados do espectáculo, contribuíram também para acirrar os ânimos de algumas das pessoas presentes, que desceram à cidade na esperança de se poderem deslumbrar com “a maior metamorfose de todos os tempos”, que poderia passar até pelo desaparecimento momentâneo do próprio Mosteiro. Em vão.
    No final, o ilusionista justificou a repetição do número nesta noite com o facto de ser a última vez  que se predispunha a correr este risco, mostrando assim coragem em repetir um número que exige grande forma e destreza física. Luís de Matos explicou que não repetirá o número por respeito à mãe, a quem ligou logo após o espectáculo, para garantir que se encontrava bem. O artista manifestou ainda a sua alegria por ter sido escolhido para defender a imagem do Mosteiro de Alcobaça no concurso “7 Maravilhas de Portugal”, recordando que fez uma visita ao monumento Património da Humanidade com figuras mediáticas nacionais, que teve boa repercussão na comunicação social.

 

Milhares de pessoas encheram o Rossio
Relativamente à expectativa de muitas pessoas de que “a maior meta- morfose de todos os tempos” se aplicaria ao Mosteiro, Luís de Matos assegurou que nunca esteve nos seus planos interagir com o monumento. O ilusionista realçou a exigência deste número, que obriga a estar de cabeça para baixo cerca de 5 minutos, revelando terem estado presentes alguns ilusionistas estrangeiros para o observar.
     Luís de Matos adiantou ainda que a “metamorfose” começou no século XII, quando a Ordem de Cister decidiu erguer o Mosteiro na confluência dos rios Alcoa e Baça e que o seu trabalho de “metamorfose” ocorreu quando conseguiu fazer eleger o Mosteiro de Santa Maria como “Maravilha de Portugal, recordando, a propósito, que vários blogues comentaram a sua contratação pela Câmara Municipal de Alcobaça com expressões do género “nem com mágicos lá vai”, que se revelaram sem fundamento.

 

O governador civil Paiva de Carvalho,
Luís de Matos e Gonçalves Sapinho
Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Alcobaça admitiu que o espectáculo foi curto, mas considerou que o número apresentado por Luís de Matos corres- pondeu às expectativas, revelando um artista bem preparado, de nível mundial. Gonçalves Sapinho não quis revelar o custo do espectáculo, mas reconheceu a frustação do público presente, adiantando, todavia, que a principal razão da contratação de Luís de Matos era ajudar a eleger o Mosteiro de Alcobaça como “Maravilha de Portugal”, objectivo plenamente cumprido pelo mágico.
 
Mário Lopes
In: Tinta Fresca
 

Revolução digital na região chega na próxima semana

13.07.08, ansiaonews

É uma autêntica rede pública de dados que coloca Leiria no mapa das regiões digitais.

Terça-feira, dia 15, em Ourém, o ministro Mariano Gago assinala formalmente a conclusão do projecto.

Mas actualmente, três centenas de pontos de acesso sem fios à internet de banda larga estão já disponíveis em 99 freguesias da região, constituindo o rosto mais visível de um projecto que foi lançado há quatro anos.

O programa Leiria Região Digital (LRD) está praticamente concluído e vai disponibilizar uma longa lista de serviços. Para os promotores, esta é uma oportunidade de introduzir uma nova rede pública no quotidiano das populações dos municípios da Área Metropolitana de Leiria.

Pombal, Leiria, Ourém, Ansião, Alvaiázere, Marinha Grande, Batalha e Porto de Mós estão no epicentro desta revolução tecnológica que criou uma nova rede pública de serviços, à semelhança das redes de iluminação pública, abastecimento de água ou saneamento, por exemplo, a que estamos habituados.
Em todas as freguesias há pelo menos um ponto gratuito de acesso sem fios à internet. Mas a rede é bem mais larga. As zonas históricas dos municípios, os pontos de interesse turístico, as imediações dos postos de turismo, a área de intervenção do Polis em Leiria. Eis alguns dos pontos onde basta ligar um computador portátil ou um PDA para aceder à “net”, sem qualquer custo para o utilizador. Vítor Távora, gestor do projecto LRD, reconhece que a internet “à borla” é a parte mais visível deste trabalho.

Mas há muito mais.
Desde logo, as autarquias associadas ao LRD têm vindo a reformular os seus portais. Em breve, todas permitirão, entre outros serviços, a consulta aos processos de obras, pagamento de licenças, para além da consulta de actas e deliberações. Todos os municípios disponibilizarão ainda portais geográficos, onde publicam o PDM e plantas de localização. Casos haverá em que será mesmo possível adquirir bilhetes para espectáculos ou aceder à conta do abastecimento de água. Esta é uma área importante, sublinha Vítor Távora, uma vez que para além do cuidado redobrado em proteger informação sensível, houve a necessidade de acompanhar as mais recentes alterações legislativas.
A reformulação do portal e a criação da estrutura tecnológica que sustenta o ensino à distância do Instituto Politécnico de Leiria, o novo portal da Região de Turismo de Leiria/Fátima, a aposta do Centinfe numa plataforma electrónica de sensibilização dos associados para os perigos da espionagem industrial e o portal Leiritrade, da Nerlei, são outras facetas deste projecto.

Novo portal prestes a estrear. Dentro de dias, o LRD lança o seu próprio portal reformulado que, além de permitir agregar a informação disponibilizada pelas entidades associadas, facilita o acesso a vários serviços públicos on-line. E oferece ainda informação geo-referenciada. Escolher um restaurante, uma caixa multibanco ou um posto de combustíveis e o caminho a percorrer para lá chegar, por exemplo, estará à distância de um clique.
Menos visível, mas igualmente significativo na factura total de 7,5 milhões de euros deste projecto, está a rede de 50 quilómetros de fibra óptica que já liga uma centena de escolas e edifícios públicos locais, bem como a reformulação do parque tecnológico das diversas autarquias. Vítor Távora considera que este esforço permitiu dotar a região de uma infra-estrutura que facilita e democratiza o acesso à tecnologia e à comunicação. Também aí, o LRD dá uma mãozinha. Dois “carros da net” têm calcorreado a região, misturando formação a miúdos e graúdos com a possibilidade de muitos se estrearem nas novas tecnologias.
Vítor Távora está convicto que o projecto deixa uma infra-estrutura financeiramente sustentável, capaz de sobreviver à ausência de financiamento comunitário.

Aliás, a torneira de Bruxelas fechou-se definitivamente no início deste ano.


AMLEI satisfeita

Isabel Damasceno, presidente da Área Metropolitana de Leiria, entidade promotora do projecto, não lhe poupa elogios. É, afirma, “um dos projectos mais ambiciosos e revolucionários ao nível do desenvolvimento regional e da melhoria da qualidade de vida dos cidadãos”.

Afinal, implica a “inovação e celeridade do relacionamento dos cidadãos dos municípios da Área Metropolitana de Leiria com os serviços públicos locais e regionais”, assim como de facilitar o acesso às tecnologias da informação e comunicação a cerca de 300 mil habitantes.

Para além de promover a região, o LRD investe na “cidadania electrónica”.

 
Texto de Carlos S. Almeida
Info: Região de Leiria, 11Jul08