Programa "Governo Presente"Chegou a hora da "zona do pinhal interior", diz Sócrates
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Ao intervir junto às ruínas romanas de Conímbriga, em Condeixa-a-Nova, o primeiro-ministro encerrou a cerimónia de lançamento da nova concessão "Pinhal Interior", que terá uma extensão total de 567 quilómetros, no âmbito do programa "Governo Presente" dedicado sexta-feira e sábado ao distrito de Coimbra. Entre lanços para construção (173 km), para requalificação (135 km) e para exploração (229 km), a que corresponde um investimento de 772 milhões de contos, a nova concessão, a nona concessão rodoviária lançada pelo Governo é o empreendimento mais ambicioso deste mandato. José Sócrates afirmou que a concessão é um acto de "solidariedade, justiça e afirmação do Estado português que não quer deixar nenhuma região do país para trás, que quer fazer do território nacional um território coeso, reduzir as desigualdades e para as reduzir deve dar igualdade de oportunidades a todos". "O que verdadeiramente esta zona do pinhal necessita é de ter as mesmas oportunidades e condições que todas as regiões do País hoje têm, para ter acesso às coisas boas que a sociedade contemporânea pode proporcionar e desenvolver a sua economia", sublinhou o líder do Governo. Para o primeiro-ministro, "razões de solidariedade, de qualidade vida, económicas e também de mais segurança rodoviária", estiveram na base da decisão do Executivo de lançar a concessão "Pinhal Interior". O novo pacote de acessibilidades, o nono a ser lançado pelo Governo socialista, inclui a construção do IC3 entre Tomar e Coimbra e a conclusão do IC8, com a ligação entre Proença-a-Nova e a Auto-estrada 23. "É um investimento muito significativo para fazer no espaço de poucos anos aquilo que já deveria estar feito e para afirmar a coesão nacional, o sentido de responsabilidade que a solidariedade e a procura de uma igualdade de oportunidades há muito devia ter imposto", salientou José Sócrates. Na sessão, o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, homologou a adjudicação do estudo prévio para a construção do IC6, IC7 e IC37 que vão constituir a rede rodoviária para a Serra da Estrela. A concessão "Pinhal Interior" servirá mais de 400 mil habitantes e permitirá ainda que as sedes de concelho da Região Centro "fiquem mais próximas das redes de qualidade elevada (IC3 e IC8), com níveis superiores de comodidade e segurança". Beneficiará directamente os seguintes concelhos: Tomar, Ferreira do Zêzere, Sertã, Oleiros, Proença-a-Nova, Vila Velha de Ródão, Alvaiázere, Ansião, Penela, Castanheira de Pera, Condeixa, Figueiró dos Vinhos, Miranda do Corvo, Lousã, Góis, Arganil, Coimbra, Pombal, Vila de Rei, Pampilhosa, Pedrógão e Sardoal. A adjudicação da concessão "Pinhal Interior" está prevista para o primeiro trimestre de 2009, devendo estar concluída no primeiro trimestre de 2012. Em declarações aos jornalistas, o ministro Mário Lino sublinhou que Coimbra em 2005 tinha estradas abertas em operação que representavam 41 por cento do Plano Rodoviário Nacional (PRN), quando a média nacional era 50 por cento. Actualmente, de acordo com o titular da pasta das Obras Públicas, o número de estradas que constituem a rede do PNR de Coimbra têm uma percentagem na ordem dos 60 por cento bastante próximo da média nacional. "Daqui a um ano, quando este Governo terminar o seu mandato, em estradas já feitas em operação estaremos acima da média nacional", calculou o governante. "O distrito de Coimbra estava muito atraso, era o terceiro distrito mais atrasado, para além da Guarda e Bragança, em termos de concretização do Plano Rodoviário Nacional, e nos achamos que é absolutamente fundamental puxar por esta região", frisou Mário Lino. Segundo as contas do ministro, os investimentos rodoviários do Governo na região Centro deverão ultrapassar os 1.200 milhões de euros, incluindo a concessão "Pinhal Interior", a construção dos IC3, IC6, IC7, IC37 e a ligação entre Catraia dos Poços e Tábua. Com Lusa | ||
Info:Sic on line, 15junho08 |